Os dois maiores partidos brasileiros eram monarquistas: o Partido Liberal e o Partido Conservador. Desde o governo de conciliação de 1853 eles se alternavam no poder sem grandes litígios. Na prática o Brasil era um país com governo extremamente centralizado apesar da aparência parlamentarista. Inspirados então pela proclamação da 3ª República francesa, políticos paulistas resolveram primeiro lançar um Manifesto Republicano em 1870 e depois formalizaram a fundação de um partido três anos depois, em 1873.
Quando a República foi proclamada pelos militares em 15 de novembro, os civis republicanos eram uma escassa minoria espalhada pelo país. Na verdade eram ilhas minúsculas cercadas pelos partidários da monarquia por todos os lados. Mas os esforçados e coesos republicanos exploraram bem os constantes atritos que o exército passou a ter com os governos imperiais.
Dado a sua pouca representatividade eles perceberam que dificilmente a monarquia seria destituída sem o socorro das armas do Exército. Assim a imprensa republicana passou a vigiar cada manifestação dos oficiais bem como colocou suas páginas para que eles dessem vazão a sua insatisfação. Aqui no Rio Grande do sul o jornal republicano "A Federação" dirigido por Júlio de Castilhos não media esforços para abrir mais e mais as brechas abertas entre os oficiais e o Imperador. Inclusive foi num sítio de propriedade de Júlio de Castilhos onde, vários meses antes da proclamação republicana, adotou-se a tática de estimular os militares ao golpe.
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